terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um dia na vida surfista.


São seis horas da manhã, horário relativamente cedo para quem poderia acordar a hora que quisesse. O personagem de nossa história acorda com certo sono, olha o despertador e pega toda a energia que guardou para em um instante pular da cama ainda meio tonto.
Para quebrar um pouco do cansaço, ele vai até o banheiro e molha a cara com água gelada, escova os dentes como é de costume e olha seu rosto no espelho, uma estranha mistura de sono com vontade de estar acordado, talvez porque nosso personagem teve um dos melhores motivos do mundo para acordar tão cedo.
Seguindo adiante, ele coloca uma bermuda velha que parece ser sua companheira de muito tempo, desce até a cozinha sem fazer muito barulho para não acordar ninguém, come algumas torradas e toma um copo de vitamina que havia deixado na geladeira.
Vai até a garagem e busca sua fiel escudeira, coloca sua prancha debaixo do braço e segue em caminhada em direção a praia, que fica a 4 quadras de sua casa... A caminhada que parece levar anos, enfim termina sendo presenteada com lindas ondas, sem perder muito tempo ele corre em direção ao mar sem ao menos aquecer, coloca o leash em sua perna de base e entra em direção ao outside.
Talvez quem veja de fora não tenha noção do que se passa na cabeça daquele menino sentado em cima de sua prancha esperando a série de ondas, mas ele lá dentro vive um dos melhores momentos que ele poderia viver e mesmo que as ondas de seu pico não sejam iguais, nem mesmo semelhantes as de pipeline, jaws ou até da indonésia, ele se sente como um de seus ídolos, Kelly, Andy ou até mesmo os brazucas como Gabriel Medina, Mineirinho, Carlos Burle, dropando uma onda atrás de outra.
A praia começa a lotar, afinal litoral em férias costuma receber muitos turistas, as ondas também parecem perder força e nosso personagem sai da água como um aviso que chegou a hora de dar um tempo, mesmo que quisesse ficar por ali e tentar forçar mais uma, ele pega uma espuma forte e vai deitado até suas quilhas rasparem a areia molhada.
No caminho de volta, tudo que ele pensa é o que vai ter de almoço quando voltar pra casa e nas ondas que pegou nessa manhã, agora a caminhada parece ir mais rápido, chegando em casa avança na comida e corre pra rede dar uma dormida, quando acorda já são três da tarde.
Corre pegar o telefone e ligar para seus amigos, e aí alguém quer dar uma surfada no fim da tarde? Unanime a resposta é sim, e então combinam de se encontrar em uma praça ali por perto, juntos seguem para a praia em busca de novas ondas e por lá ficam até o começo do escurecer, quando felizes todos voltam para suas casas relembrando as ondas que pegaram no dia...
Em casa, a janta é servida, conversa um pouco com sua família mas o cansaço de um dia de surf insiste em aparecer, é cedo, ainda são oito horas mas nosso amigo já vai dormir, pensando talvez em quando terá um dia igual a esse.

O texto foi só uma história de um menino que vai surfar, não quero dizer que pra todos é assim viu galera? Abraços, e bom surfe!

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